"The Ugly Truth"
adoro aquele belo drama que não acaba como era esperado. e aquele thriller que nos põe o coração aos saltos e que nos faz pensar.
mas uma comédia romântica não tem que ser assim. não é de todo assim. antes de entrarmos na sala, sabemos o fim e, no entanto, pagamos o bilhete e lá vamos nós.
sim, sou eu que estou constantemente a dizer que tudo o que é demasiado prevísivel me aborrece. e sim, agora mereço ouvir que, se assim é, por que motivo é que vou ao cinema ver filmes sobre os quais o cartaz diz tudo. ou por que é que, alguns acabam por ser os filmes em que mais me divirto e, por vezes, aqueles que mais gosto. ou blá, blá, blá.
explicação muito simples: os filmes cujo final é prevísivel levam-nos a acreditar em coisas que, sendo pouco prováveis de acontecer "na vida do lado de cá do ecrã", parecem estar ali para todos nós, mesmo ao virar da próxima esquina. fazem-nos suspirar e passar uns breves instantes do nosso tempo a desejar interiormente que aquelas duas personagens, feitinhas uma para a outra, não se deixem nunca mais. e, embora tenham acabado de jurar nunca mais se falar, sabemos perfeitamente que, a 2 minutos do final do filme vai acontecer alguma coisa mágica que resolve as suas vidas e os faz ficar juntos para sempre.
muito simplesmente, os filmes cujo final é prevísivel fazem-nos sonhar. e, não sendo especialmente adepta de "meios" exageradamente prevísiveis, gosto que alguns "finais" assim o sejam. previsíveis e felizes.