havemos de conseguir, sim

Há dias insuportáveis do início ao fim e também há aqueles em que sou eu que estou absolutamente insuportável de manhã à noite. Depois, há aqueles dias em que o tempo não ajuda um humor que só por si já não está no auge e há as pessoas que se deixam influenciar por ele. O meu dia de ontem foi assim. Chato, cinzento e chuvoso; monótono, irritadiço e sem vida.

Sair de casa não foi algo que eu tivesse desejado fazer. A obrigação falou mais alto, admito. Se me tivesse lembrado de uma desculpa aparentemente plausível, o guarda-chuva não tinha saído do sítio e eu não tinha levantado o rabo do sofá (onde a Bi acha que passo, de facto, a vida). Não tinha estado com pessoas de quem gosto muito e, provavelmente, ter-me-ia arrependido quando esta manhã me levantasse da cama, mas não importa porque não teria lá estado.

O jantar fez-me bem, embora possa não ter-se notado. A companhia era aquela que eu precisava, mas que não sabia que precisava de antemão. Os risos, as conversas, as brincadeiras... Tudo valeu a pena para nos lembrar o que somos quando estamos todos juntos.

E tu... A culpa desta grande alhada é tua (ou será minha? ou nossa?). Mas sabes que mais? É a melhor alhada em que já alguma vez me meti. É a única em que tive voto na matéria, conhecimento de causa e culpa na decisão. É a mais maravilhosa de todas. E tudo porque me pegaste na mão e disseste "hoje vamos lá e vais gostar". E eu fui e gostei. Muito.

E hoje o dia já não foi chato, cinzento e chuvoso. Foi de sol. E se não fosse para todos, pelo menos, teria sido para mim.